quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Áugure

Como? Ausência vazia: sim, devoro.
Só os pedaços.

Semelhanças diferentes

Uma vez me disseram: ah! Como gostaria de ser fulano, sicrano e beltrano.
Respondi: poxa! Gostaria mesmo de ser eu. Faço tanto esforço.
De repente, Narciso, aparece e diz: descobri o segredo. Beleza não é fundamental. Fundamental é a beleza em ti.
Contradizendo Vinícius
Meu eu disse: Basta ser ao seu modo no mundo.

Dísticos Descaminhos Desperfetos

Um homem teceu outro homem no seu ventre :
Nasceu uma mulher

LOS

No âmago do sol é escuro
É assim : Los
Falta comunhão
Ausência de pão
Cobri alaranjadamente

Antropóide

Louco eu?
Ah! Sim: sou!
Sorrateiramente
Ou
Deseperademente?
(gargalhadas )
Antihomem

OCASO

be
So

Ó! Só clara cortante vagas luminescências: eu.
Sol
O

Jave:veja

Orgia solar
Olha a mentira: Dita muitas vezes
EnvenenadaVira e desvira, mentira na lama da verdade.

Voltas menina

Tiranas letras: autoritarismo:
Agreste das letras: gretas de contração []
Perdi-me: buraco negro {...}
Sertão: ser letras tão secas.

Cópia

“Eu sou todos os poetas que li: nada”
(Com todas/tolas ressalvas )
nada: sou tudo que li.
Que vivi e não-vivi também ...

CHEGA!

A poesia não me chega
Eu a injeto na injeção
Escárnio puro e branco
Depois me chega amareladamente.

Vai Vazio

Quando você chegou
minha vida ficou universal caos

Quando me beijastes
Um poema nasceu no meu ventre

Quando me abraçastes
Girassóis apareceram nos meus pés

Quando me recusastes
fiquei todo eu

Quando desististes
Um prato de desespero
me servistes desordenadamente

Agora, pense comigo:
O último a saber das verdades das coisas...
É quem amamos. Sabia?

Sou apenas um pensa(dor).

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Engenharia

O velho que há em mim
É uma criança
De pensamentos juvenis
Que enredastes
pois quando partistes
me partisse
E não levastes só tu
Mas fragmentos meus volumosos levasse também
e eu fiquei
no centro da festa :
junto com as latas, poeiras, sujo, lixo
dançando sem música
uma canção evocada pela espinha dorsal
na distância de um beijo
sem êxito
na hora máxima
da T R A N S U B S T A N C I AÇÃO:
Amém em espirais.
E no final túnica.

Evolução

Todo ser humano
Um dia foi homo
Será que sapiens também?
E sapiens sapiens?
E erectus,
Neandhertal?
Quanta diversidade
O criador fez.

É pouco?

No fundo do fundo do poço bem fundo sem fundo findo: me

A
F
U
N
D
O

de
DOR.

Tão simples estigmas

Humm... já posso sentir o cheiro
De um copo do universo
Átomos lapidados
Pré (ocupações)
Para nos irradiar-se
Nos irar
E ir ...
Pobre
Pelas pedras animadamente com os animais
E cobrir-se de chagas como São Francisco.

Disse o médico

"Mostre a língua"
Perigosa demosntração
pois ...
mostrar a língua é perigoso
um gozo
seja pelo Latim
pelo grego
pelo inglês
japonês por que não?
pelo árabe
pelo espanhol
por todas as linguagens africanas
pelo tupi
ou pelo nossa sintaxe lusíada
ou então macaqueada
ou informatiquês
no ovo
das coisas
sânscritas
da palavra
adâmica ecoada
na explosão do big bang
dos comentários primevos.

No Reino

Eram muitas vezes,
Aqui no Reino:
Ninguém trai, mas todos são traídos
Todos são belos, isto é, carecem de beleza
Ninguém ama, todos são amados
Todos são carentes, ninguém falha
Ninguém é doente, embora todos têm saudades da saúde
Aqui, ninguém engana, logo...
Somos todos felizes
Ninguém será?
No reino da hipocrisia.

Primeiro sempre o título?

Soturno sou
De origem sol
De viagem caústica
Entrelaçamento paranóico de saturno anéis
Morada acusativa
Ventre urbanístico
Ensaio sem dança
somente

Luxuriosos devaneios

As pessoas deveriam deixar
De querer ser ótimas
E passarem a ser sublimes
Com existências largas e
Demasiadamente Cintilantes
De um corpo aberto de sol até o sul
Efervescente de ternura
Assim como os doces céus de algodão
Desvão.

Salve Alves, Descarte o unilateral

Quantas coisas em mim borbulha
E nem por isso me sinto um gênio
Aliás, nunca me senti um gênio.
No fim das brasas restaram
Cinzas amarelas
Vivificadas cada uma
No transplante de chips e e-mails
Lançados no lixo que nos rodeia mentalmente
Penso via-lactéa, logo sou poeira cósmica.

domingo, 26 de outubro de 2008

IDIOTA

De um lado tenho tudo
Do outro tenho nada
Dos dois natudo
Vazio de um lado
Conteúdo do outro
Tenho duas mãos
Descubro .
Uma me ampara e escreve
Outra me descaminha descrevendo
Desnudo
Uma é benção a outra maldição
AGORA
Mil mãos me aparecem, deus indiano?
do outro lado
Exatamente aqui: oco.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vingança íntima

Covarde!
Por que não roubastes nenhuma das minhas calcinhas coloridas?
Amanhã enviarei por carta
Esteja onde estiver
A última usada
somente para sua covardia.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Íntima Vingança

Quantas cuecas
roubarás de mim?

Placa

Vende-se
Narcisos
Leve grátis
um espelho.

Invasão bárbara

Quantas catedrais deterioradas de coração
Nascem
Quantas cinzas permeiam minh'alma

O cinza respira homenageando
A nossa bárbarie

Somos bárbaros do amor
E cilizados no ódio
Catequizados para o lucro
Comprados e vendidos
Virtualmete.

Apavorado

Somente
umas
letras
me
apavora

Concupiscências

Por isso,
aos nossos dedos
o essencial
escapa

Bolo

Feliz aniversário!

Gostaria que dissessem
No dia que mais preciso

Ao contrário de apagar as velas

ou

de apagar.

No pensamento do recheio
Deveria ser dito no dia da precisão
Do que no dia de apagar as velas
ao invés de.

Solitude: sol e atitude

Ilha
Coqueiro
coco
água
Afoguei

HERA

Que poema
eu perdi em ti
Oh! mulher?

Amarga

Tão pagão
converteste-me
Ao teu amor
cristão

Bravo bárbaro
civilizaste-me
Ao teu amor
grego

Instintivo índio
catequizaste-me
Ao teu amor
católico-colonizador

No fim do amor
Tornei-me
Tão ateu
Bravo guerreiro vil
Instintivo antropófago

Amor condensate-me
ou condenaste.