quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Há contraconversas

Lá vem Maria e João pelo sertão
Catando as espigas
Que vem do infinito para a não perdição
De repente, um ponto de interrogação na cabeça dela (?).
Depois uma fala que dizia assim:
“ João, ontem ouvi um amigo meu dizer que embora fosse homem...”
Agora, surge muitas interrogações (???)
Uma voz fura o ar: “E, agora? Sou um ...que gosta delas”
No mesmo instante um ponto de exclamação salta !
E Maria lança a língua: “Decerto estou incerta, será que amo os dois?”
braços de Giva
Em seguida...
Um povoado silêncio se fez presente
Apoiado por 2 pontuações!?
E no fim do caminho, as bruxas sumiram.
Os dois
Se olharam com risos de controvérsias.

Resposta?

Teria outro caminho ou caminhos
Enquanto caminho
No meu ninho
Só existe pó?
Posso ser líquido?,
Fumaça?
Vapor?
Gelo?
Fogo?
Névoa?
O que nos resta: 7 interrogações.
Devorei a esfinge de sal
Nu
No
Mangue do forno de microondas
Mal-arranjado
Réprobo
Bobo triunfalismo
Vou passendo nas areias, na arraias
No arrasso
No aço do xique-xique virtual
Palavra mágica: zaragata zás-tras
Nasce zilhão espasmos
Epinício eólico de estrelas
Neutro
Oscilações: estroboscópio
encerro
Nas euforias de preságio de uma presa
Felonia fã
Agora me deito no divã de Freud
Ele explica
Corpo a corpo no cosmo
Exsudação
Saudação
Extravagância orgânica
Fulminante holocausto diário
HOSANA
Puro sangue púrpura
Translúcido
Tudo trapézio de lucidez
Eletrocussão

Pergunta?

Sou argônio
Estou em agonia da abóbada celeste
Anfíbio ecumênico
Quilowatt de teorema
Parto e me parto em mil partes na partitura da partida
Não me enxuquei
Banharam-me
No rio de inconveniências
Tornei-me assim: pó.